O embargo de armas contra o Irã, imposto desde 2007 pelo Conselho de Segurança da ONU, chegou a fim neste domingo (18), segundo informações do Ministério de Relações Exteriores do Irã, reportadas pela agência Anadolu.
Todas as restrições sobre transferências de armas, atividades relacionadas e serviços comerciais e financeiros de importação e exportação do Irã, via estados-membros da ONU, previamente impostas sobre cidadãos e oficiais militares iranianos, encerraram-se automaticamente, reiterou o ministério em seu website.
“A partir de hoje, a República Islâmica do Irã pode obter quaisquer armas e equipamentos necessários de qualquer fonte sem qualquer restrição legal, baseado somente em suas necessidades de defesa, e deve também exportar armamentos defensivos com base em suas próprias políticas”, declarou a nota oficial iraniana.
“Hoje é um dia histórico para a comunidade internacional que, em desafio dos esforços do regime dos Estados Unidos, protegeu a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU e o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA)”, destacou o comunicado, referindo-se ao acordo nuclear assinado entre Teerã e potências globais.
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O governo dos Estados Unidos do atual Presidente Donald Trump aumentou o tom contra o Irã desde 2018, quando revogou unilateralmente o acordo nuclear iraniano, assinado por seu antecessor Barack Obama, em 2015, e reimpôs sanções.
Desde o início de 2020, as tensões voltaram a escalar de modo alarmante, com o anúncio da gestão Trump de uma campanha de “máxima pressão” contra o Irã, a fim de sufocar seus canais financeiros.
Em setembro, após uma moção para estender o embargo de armas ser rejeitada pelo Conselho de Segurança, os Estados Unidos anunciaram isoladamente o restabelecimento de todas as sanções da ONU contra o Irã.