Rebeldes houthis do Iêmen afirmaram neste domingo (18) estarem prontos para trocar todos os prisioneiros com o governo iemenita no exílio, um dia após uma primeira etapa significativa na troca de presos entre os dois lados em confronto.
As informações são da agência Anadolu.
“Estamos prontos para trocar todos os prisioneiros, incluindo o ex-Ministro da Defesa Mahmoud al-Subaihi”, declarou no Twitter o líder rebelde Mohamed Ali al-Houthi. O ex-ministro foi capturado em março de 2015.
Al-Houthi reivindicou a formação de uma comissão independente para supervisionar o que descreveu como tortura de presos mantidos pelo governo iemenita e pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.
LEIA: Emirados Árabes e Israel preparam base de espionagem em Ilha do Iêmen
Entre quinta e sexta-feira, o governo iemenita e os rebeldes houthis trocaram prisioneiros conforme mediação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Em 27 de setembro, uma nova conjunta da Cruz Vermelha e da ONU anunciou o acordo, estabelecido em Genebra, Suíça, entre os lados adversários, com o intuito de trocar mais de 1.000 prisioneiros, incluindo quinze sauditas e quatro sudaneses.
O Iêmen é assolado por violência e caos desde 2014, quando rebeldes houthis tomaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa. A crise escalou em 2015, quando a coalizão saudita interveio, ao lançar uma devastadora campanha aérea, a fim de reverter os ganhos territoriais houthis.
Segundo estimativas, mais de 100.000 iemenitas, muitos civis, foram mortos durante os confrontos, que levaram à pior crise humanitária do mundo, com milhões de pessoas sob severa ameaça da fome.