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Egito executou 49 pessoas em dez dias, denuncia HRW

Protestos em frente ao consulado do Egito em Istambul, Turquia, 2 de março de 2019 [Ozan Kose/AFP/Getty Images]
Protestos em frente ao consulado do Egito em Istambul, Turquia, 2 de março de 2019 [Ozan Kose/AFP/Getty Images]

A organização internacional Human Rights Watch (HRW) exortou autoridades do Egito a suspenderem imediatamente a onda atual de execuções e revisarem o julgamento de prisioneiros no corredor da morte, após a execução de 49 pessoas em apenas dez dias.

“As execuções em massa do Egito, contra dezenas de pessoas em questão de dias são um ultraje”, declarou Joe Stork, diretor adjunto do HRW para Oriente Médio e Norte da África. “A ausência sistemática de julgamentos justos no Egito, especialmente em casos políticos, torna cada pena capital uma violação do direito à vida”.

Entre 3 e 13 de outubro, autoridades egípcias executaram duas mulheres e 32 homens condenados em cortes penais, além de quinze prisioneiros políticos.

Treze dos presos políticos estavam detidos no corredor da morte da infame Prisão do Escorpião (Tora), onde quatro carcereiros e quatro detidos foram mortos, no fim de setembro, em suposta tentativa de fuga.

Na ocasião, grupos de direitos humanos levantaram dúvidas sobre a hipótese de tentativa de fuga, apresentada pelo governo, dado que Tora é uma penitenciárias mais fortificadas do país. Reivindicaram das autoridades a verdadeira causa do incidente, com receios de que os presos tenham sido agredidos até a morte.

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As execuções subsequentes foram descritas como alerta a outros detentos que testemunharam o que ocorreu e retaliação pela morte dos oficiais.

Segundo um advogado que falou à família de um dos detentos, os quatro prisioneiros assassinaram os carcereiros com ferramentas improvisadas. Então, forças de segurança invadiram o bloco e outros presos ouviram tiros.

O Egito é um dos dez países mais ativos do mundo em termos de pena de morte, ao lado de China, Irã e Arábia Saudita.

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