O Irã negou acusações de interferência nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, ao sugerir que a equipe de campanha de Donald Trump, candidato republicano à reeleição, está determinada a prejudicar a confiança do eleitorado, após pesquisas indicarem vitória marcante do adversário democrata Joe Biden.
Com apenas duas semanas de campanha, até as eleições de 3 de novembro, John Ratcliffe, chefe de inteligência de Trump, acusou Irã e Rússia de tentar influenciar votos americanos, durante coletiva de imprensa improvisada, na noite de quarta-feira (21).
Ratcliffe alegou que ambos os países obtiveram “dados de registro eleitoral” e que o Irã enviou e-mails com o objetivo de “intimidar eleitores, incitar distúrbios sociais e prejudicar o presidente Trump”. Contudo, não concedeu detalhes sobre as acusações.
Alireza Miryousefi, porta-voz da missão iraniana nas Nações Unidas, afirmou à ABC News: “Tais alegações nada mais são do que outro ardil para prejudicar a confiança do eleitorado sobre a segurança do pleito nos Estados Unidos. São absurdas. O Irã não tem interesse em interferir nas eleições americanas e nenhuma preferência pelo resultado.”
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Oficiais americanos estão em alerta máximo desde as eleições presidenciais de 2016, após indícios revelarem interferência da Rússia para melhorar as chances de vitória de Trump.
Trump também declarou previamente que não se comprometeria com uma transferência pacífica de poder. Críticos acreditam tratar-se de uma série de esforços voltados para prejudicar a confiança dos eleitores em um resultado que não assegure sua vitória.