No sábado (24), os Estados Unidos agradeceram oficialmente as decisões de Guatemala e Estônia contra o movimento libanês Hezbollah.
Na última semana, a Guatemala informou designar o Hezbollah como organização terrorista.
Na quinta-feira (22), o Ministério de Relações Exteriores da Estônia anunciou sanções adicionais ao Hezbollah, ao proibir membros da organização de entrar no país europeu.
Urmas Reinsalu, chanceler estoniano, declarou em nota: “O Hezbollah impõe ameaça considerável à segurança internacional, logo, à Estônia … Com esta medida, nosso país junta-se a Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Alemanha e Lituânia, entre outros, ao concluir que o Hezbollah usa meios terroristas e constitui ameaça à segurança dos estados.”
A Estônia é o quinto estado-membro da União Europeia (UE) a romper com a posição da organização sobre o Hezbollah, em 2020. O bloco europeu proscreve o braço militar do grupo libanês como terrorista, mas reconhece a ala política como legítima.
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O Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo alegou que a decisão envia uma mensagem forte à milícia xiita, apoiada pelo Irã.
Reiterou Pompeo: “A Estônia está emitindo uma forte mensagem na Europa, e dentro da União Europeia, ao proibir filiados do Hezbollah de entrar em seu território, debilitando a ameaça imposta pelo Hezbollah à segurança da Estônia e seus parceiros internacionais”.
Prosseguiu: “Assim como as ações tomadas pela Alemanha, Lituânia e Kosovo, e o compromisso da Sérvia, anunciado neste ano, a ação decisiva da Estônia reconhece o Hezbollah como grupo terrorista em sua totalidade, e ameaça na Europa e no resto do mundo”.
“Exortamos todos os países a assumir quaisquer medidas necessárias para impedir que agentes, recrutadores e financiadores do Hezbollah operem em seus territórios”, concluiu Pompeo.
Na sexta-feira (23), os Estados Unidos anunciaram recompensa de até US$10 milhões por novos indícios de ligações financeiras do Hezbollah com o Irã.
O governo americano busca informações sobre três fiadores do grupo, em particular: Muhammed Qasir, Muhammad Qasim Al Bassal e Ali Qasir. O trio previamente identificado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos é considerado vínculo crítico entre o Hezbollah e suas principais fontes financeiras.
O anúncio da recompensa ocorreu no 37ª aniversário de um atentado a bomba contra quartéis de fuzileiros navais em Beirute, capital do Líbano, no qual 241 soldados americanos foram mortos. O Hezbollah é acusado de executar o ataque, mas jamais assumiu responsabilidade.
Os Estados Unidos também sancionaram dois membros do Conselho Central do Hezbollah: Nabil Qaouk e Hassan al-Baghdadi.
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