O Presidente de Israel Reuven Rivlin exortou seu governo a impedir a venda de obras da coleção conservada do Museu de Arte Islâmica de Jerusalém.
Segundo o Art Newspaper, o Museu de Arte Islâmica de Jerusalém planejava vender 190 artefatos islâmicos e 68 peças históricas raras de sua coleção em dois leilões realizados pela sociedade de vendas Sotheby’s, com sede em Londres.
Os leilões estavam previstos para terça e quarta-feira.
O presidente israelense condenou a medida em nota: “Devemos encontrar os meios disponíveis ao Estado de Israel, nas esferas legal e internacional, para impedir a venda de tais patrimônios culturais da região como um todo”.
Rivlin alegou que o Museu de Arte Islâmica, assim como outros museus no território considerado Israel, “são repositórios de enormes recursos materiais e espirituais para o Estado de Israel e o Oriente Médio, e devemos fazer todo o possível para mantê-los em Israel.”
Nadim Sheiban, diretor do museu, explicou em comunicado que a venda de obras de arte poderá garantir o futuro a longo-prazo e o programa educacional da instituição. Reiterou que os objetos selecionados para leilão são “em maioria, duplicatas ou em estoque”.
A decisão de realizar a venda ocorreu dois anos após consideração, devido ao financiamento limitado do governo israelense ao “único museu devotado à arte islâmica na região assolada por conflitos”, destacou Sheiban ao programa de rádio israelense Gam Ken Tarbut.
As pressões financeiras também se agravaram como resultado da pandemia do coronavírus.
O lucro decorrente da venda de obras islâmicas, incluindo objetos, manuscritos, carpetes e tapetes, é estimado entre US$4.13 e US$ 6.1 milhões. Relógios que serão apresentados no segundo dia de leilão possuem valor combinado de US$2.2 a US$3.4 milhões.
LEIA: ‘Estamos mudando o mapa do Oriente Médio’, declara Netanyahu