A taxa de desemprego na Faixa de Gaza sitiada atingiu 70% da população trabalhadora, como resultado do cerco contínuo de Israel e dos lockdowns decorrentes do coronavírus, reportou ontem (26) Sami Al-Ammasi, presidente da Federação Geral de Sindicatos da Palestina.
Os dados foram apresentados durante visita de uma delegação da Fundação de Auxílio Humanitário da Turquia (IHH) à sede da federação trabalhista, em Gaza.
As partes em questão debateram os efeitos negativos dos 14 anos de severo bloqueio israelense contra o território palestino, além das consequências da crise do covid-19.
Al-Ammasi afirmou que 250.000 pessoas, equivalente a 70% da força de trabalho de Gaza, estão atualmente sem emprego. Segundo as informações, 140.000 trabalhadores ficaram desempregados devido ao coronavírus, resultando em perda de US$40 milhões à economia.
A situação levará tempo para qualquer recuperação, destacou Al-Ammasi, pois apenas 500 das 2.000 fábricas de Gaza puderam reabrir. A federação palestina fez então um apelo para o estabelecimento de um fundo de emergência, a fim de compensar as famílias afetadas.
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