A proeminente ativista saudita pelos direitos das mulheres, Loujain al-Hathloul, mantida na Arábia Saudita desde 2018, iniciou uma nova greve de fome na segunda-feira por causa das condições de sua detenção, disse sua família.
“Hoje às 19 horas de Riad, minha irmã Loujain começou uma greve de fome porque a administração da prisão de al-Ha’ir a privou do direito de entrar em contato com sua família”, afirmou a irmã de Loujain, Alia, no Twitter.
A outra irmã de Loujain, Lina, também disse no Twitter que Loujain havia informado seus pais que “ela está cansada de ser maltratada e privada de ouvir as vozes de sua família”.
“Ela disse a eles que iniciaria uma greve de fome a partir de ontem à noite até que permitissem suas ligações regulares novamente”, acrescentou.
Yesterday during the visit Loujain told (our parents) she is exhausted of being mistreated and deprived from hearing her family’s voices. She told them she will start a hunger strike starting yesterday evening until they allow her regular calls again. https://t.co/uNRVD4eWLH
— Lina Alhathloul لينا الهذلول (@LinaAlhathloul) October 27, 2020
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Não foi possível obter comentários imediatos das autoridades sauditas, mas o reino geralmente nega qualquer falha em cuidar de seus detidos, informou a Reuters.
As autoridades sauditas prenderam vários ativistas de direitos humanos, incluindo Al-Hathloul, Samar Badawi, Nassima Al-Sada, Nouf Abdel Aziz e Maya Al-Zahrani, em 15 de maio de 2018, por supostamente prejudicar a segurança do reino.
No entanto, relatórios de direitos humanos afirmam que as ativistas foram presas por defender os direitos das mulheres.