Neste sábado (31), Israel acolheu uma declaração da República Dominicana de que o país caribenho considera transferir sua embaixada de Tel Aviv a Jerusalém, reportou a Reuters.
O Ministério de Relações Exteriores da República Dominicana afirmou em nota, na sexta-feira (30), que avalia a medida a pedidos da comunidade judaica local, ao observar que sua embaixada em Israel permaneceu em Jerusalém até 1980.
O chanceler israelense Gabi Ashkenazi agradeceu sua contraparte dominicana, Roberto Alvarez Gil, pela declaração. “Eu o agradeci durante telefonema ontem, por esta importante decisão e pelos muitos anos de amizade entre os dois países”, alegou Ashkenazi no Twitter.
O anúncio foi divulgado com apenas dois meses de mandato do presidente dominicano Luis Abinader, neto de imigrantes libaneses. Desde sua posse, Abinader reiterou a relação “bastante especial” da República Dominicana com os Estados Unidos, principal parceiro comercial do país.
O anúncio também ocorre apenas alguns dias antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, nas quais o atual presidente republicano Donald Trump enfrenta o candidato democrata Joe Biden.
No fim de 2017, o atual presidente e candidato americano Donald Trump indignou palestinos e muitos líderes mundiais ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir a embaixada dos Estados Unidos no ano seguinte.
Outros países latino-americanos recentemente transferiram suas embaixadas a Jerusalém ou reafirmaram seu compromisso. A Guatemala transferiu sua embaixada logo após os Estados Unidos; Honduras pretende fazê-lo no fim de 2020. O Brasil reflete sobre a medida.
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O status de Jerusalém é um dos pontos mais críticos ao longo das décadas de conflito entre o Estado de Israel e a Palestina ocupada.
Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental, capturada por Israel em 1967, como capital para seu futuro estado. Israel considera toda a cidade, incluindo a área ocupada e anexada ilegalmente, como capital do estado sionista.