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Na Arábia Saudita, um tweet pode levar você à prisão

Logotipo do Twitter [Mehmet Kaman - Agência Anadolu]
Logotipo do Twitter [Mehmet Kaman - Agência Anadolu]

As autoridades sauditas têm usado plataformas de mídia social principalmente para reprimir oponentes e críticos do estado e para restringir a liberdade de expressão no reino.

A AFP relatou que a repressão incluiu intelectuais e também altos funcionários do Estado.

Segundo a agência, em abril, o vice-ministro das Finanças, Abdulaziz Al-Dakhil, desapareceu após compartilhar um tweet no qual expressava suas condolências pela morte de um ativista.

No ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA acusou dois ex-funcionários do Twitter de espionagem para a Arábia Saudita usando os dados da empresa para acessar as informações pessoais de mais de 6.000 contas do Twitter em 2015.

Uma dessas contas pertenceu ao proeminente dissidente Omar Abdulaziz, que mais tarde se tornou próximo de Jamal Khashoggi, colunista colaborador do Washington Post que defendia a liberdade de expressão no mundo árabe. Khashoggi foi assassinado dentro do consulado saudita em Istambul por um esquadrão saudita em 2018.

Lynn Maalouf, vice-diretora regional da Anistia Internacional para o Médio Oriente, disse: “Um simples tweet pode colocá-lo na prisão na Arábia Saudita, sem ser capaz de contactar um advogado durante meses e talvez anos.”

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