Doze prisioneiros palestinos testaram positivo para coronavírus na prisão de Gilboa, instalação penitenciária no norte de Israel, reportou a agência de notícias Wafa.
Segundo a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (SPP), os detentos infectados estão na Ala N°3 da prisão israelense, em contato recente com muitos dos presos no bloco, o que significa outros casos em potencial.
Gilboa abriga cerca de 360 palestinos classificados por Israel como “prisioneiros de segurança”. Sem ventilação adequada ou medidas sanitárias, os presos permanecem sob alto risco de contágio.
Segundo a SPP, é necessário que instituições humanitárias internacionais, lideradas pela Cruz Vermelha Internacional, monitorem a situação dos presos palestinos em Israel, a fim de garantir tratamento médico adequado diante da propagação do coronavírus nas cadeias.
A organização palestina enfatizou ainda a urgência de monitorar as condições de vida e asseverar a implementação de medidas preventivas adequadas.
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Em agosto, a Suprema Corte de Israel rejeitou uma petição submetida pelo grupo Adalah – Centro Legal para os Direitos da Minoria Árabe –, solicitando das autoridades penitenciárias a implementação de protocolos preventivos contra o covid-19, para os presos em Gilboa.
Israel consistentemente fracassou em conceder serviços preventivos básicos aos prisioneiros palestinos, desde o início da pandemia, e chegou ao ponto de reter o acesso dos detentos a alguns produtos alimentares e de higiene fundamental.
Desde 1967, ao todo 226 palestinos morreram nas prisões de Israel, segundo estimativas da Autoridade Palestina, a maioria sob negligência médica sistemática.