Dois homens foram presos na Índia, na última quinta-feira (29), após aplicarem um golpe de US$93.000 contra o médico Laeek Khan, que comprou a suposta “lâmpada mágica de Aladdin”, reportou a Agence France Press (AFP).
O médico denunciou o golpe à polícia de Meerut, aldeia no estado de Uttar Pradesh, norte da Índia, ao perceber que a lâmpada não possuía poderes mágicos.
Khan foi levado a crer que a lâmpada invocava um gênio mágico que concedia desejos, como no conto fantástico de Aladdin. Um dos golpistas personificou um suposto ocultista para fazer o “gênio” aparecer do artefato falso.
O médico pediu para tocar o gênio ou a lâmpada, durante a exibição, mas o falso místico recusou, ao alegar que qualquer contato poderia ferí-lo. Em seguida, a dupla concordou em vender a peça para Khan, sob promessa de “riqueza, saúde e boa sorte”.
A princípio, segundo relatos da mídia local, os homens queriam mais de US$200.000 pela lâmpada, mas concordaram em vendê-la por US$93.000.
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Após a compra, entretanto, Khan percebeu que a peça não possuía poderes mágicos e que o “gênio” era apenas um dos golpistas fantasiado como o personagem icônico.
O médico envolveu-se com a dupla após começar a tratar uma senhora, possivelmente mãe ou parente de um dos golpistas, ao longo de um mês.
Em entrevista à rede indiana NDTV, Khan declarou: “Começaram a me falar sobre um baba [homem divino], que alegaram ter visitado sua casa. Passaram então a fazer lavagem cerebral em mim, pouco a pouco, para que eu me encontrasse com esse baba.”
Khan consentiu em encontrar o homem que supostamente era capaz de conjurar “jinns”, isto é, gênios sobrenaturais.
A dupla que induziu o médico ao golpe, identificada como Ikramuddin e Anees, permanece em custódia, à espera da acusação formal, esclareceu o policial local Amit Rai, segundo a AFP.
Um terceiro cúmplice, supostamente esposa de um dos golpistas, ainda está em fuga.
O trio, segundo Rai, utilizou o mesmo golpe com êxito contra diversas famílias da região, obtendo assim dezenas de milhares de dólares em transações ilegais.
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