![Bote com refugiados aproxima-se de uma ilha grega, em 28 de fevereiro de 2020 [Aris Messinis/AFP/Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/11/GettyImages-1203849546.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
Um bote com requerentes de asilo chegou à costa ocidental da Grécia, nesta semana. A bordo, havia um parlamentar curdo e vinte ex-policiais da Turquia, entre outros imigrantes.
Segundo o jornal grego Ilia Live, os policiais e o congressista fugiram da Turquia para escapar de perseguição política pelo governo do Presidente Recep Tayyip Erdogan.
O barco de pesca improvisado continha 65 outros requerentes de asilo. Dentre os refugiados, segundo relatos, havia ainda dez membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), grupo clandestino na Turquia.
Os passageiros desembarcaram na costa da cidade grega de Katakolo, na tarde de terça-feira (3).
Em entrevista ao Ilia Live, na ocasião de sua chegada, um dos refugiados declarou, ao mostrar uma foto em seu celular como prova: “Somos da Turquia e somos oficiais de polícia … Tínhamos de sair de lá”.
Relatos alegam que os policiais dissidentes são membros do movimento Gulen, liderado pelo clérigo islâmico turco Fethullah Gulen. Segundo o regime de Erdogan, o movimento é responsável pela tentativa de golpe militar que fracassou em 2016.
Após o incidente, o governo instituiu vasta repressão contra opositores políticos e prendeu ou desonerou dezenas de milhares de supostos gulenistas.
Outro passageiro, um jornalista curdo identificado como Azad, revelou ter passado três anos nas cadeias da Turquia antes de deixar o país. “A prisão é dura. Quero ir a qualquer país em que posso me comunicar em inglês, e poder assim continuar minha vida.”
Azad afirmou que gostaria de viajar ao Canadá. “Deixei meu próprio povo e familiares para trás e sei que não posso voltar para vê-los. Não posso permanecer na Turquia. Caso ficasse no país, acabaria novamente na prisão”, relatou.
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