Os Estados Unidos impuseram uma nova rodada de sanções sobre o regime sírio do Presidente Bashar al-Assad, nesta segunda-feira (9), mantendo seus esforços para instituir pressão econômica contra o governo e interromper os conflitos armados.
As sanções atingiram dezenove oficiais, entidades e indivíduos sírios, incluindo Ghassan Ismail, chefe da Unidade de Inteligência da Força Aérea da Síria, e Nasr Al-Ali, chefe da Diretoria de Segurança Política do país árabe.
Empresas sírias de produção e exportação de petróleo também foram sancionadas, além de parlamentares recém-indicados, entre os quais: Nabil Toumeh Bin Mohammed, Amer Taysir Kheiti e Hussam Bin Ahmed Rushdi Al-Qatirji.
Em nota, o Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo afirmou que as sanções aos parlamentares decorrem de “acordos financeiros em nome de Bashar e Maher al-Assad, ao invés de utilizar suas posições legislativas para servir ao povo sírio.”
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Prosseguiu: “Apoiamos os apelos do enviado especial da ONU [Geir] Pedersen por um cessar-fogo nacional, libertação dos presos políticos, elaboração de uma nova constituição e eleições livres e justas supervisionadas pela ONU”.
A declaração americana ainda alertou: “O regime de Assad tem uma escolha: assumir medidas irreversíveis para uma resolução pacífica deste conflito de quase uma década ou enfrentar maiores e mais severas sanções”.
Penalidades foram impostas pelos Estados Unidos contra o regime sírio e indivíduos, entidades ou empresas vinculadas a Assad, ao longo dos nove anos de guerra civil, como forma de dissuadir o regime de seus reiterados abusos de direitos humanos.
Em outubro, uma outra rodada de sanções foi instituída contra seis oficiais sírios e seis entidades, como parte das medidas estabelecidas pelo chamado Ato Caesar, aprovado em junho pelo Congresso dos Estados Unidos.
Entretanto, Assad e seus aliados estrangeiros continuam a driblar as numerosas sanções, que incluem restrições de viagem e congelamento de bens, ao utilizar empresas de fachada, contas offshore, paraísos fiscais e uma vasta rede que permite o influxo de recursos ao regime sírio.
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