Moradores de etnia armênia do distrito de Kalbajar, no Azerbaijão, atearam fogo em suas casas antes da retirada planejada da região após um acordo de cessar-fogo assinado sob os auspícios da Rússia.
Sites de notícias russos e redes sociais relataram no sábado imagens de armênios incendiando suas casas antes de deixar-las e sabotando instalações públicas escolas e árvores na província.
Em 1993, separatistas armênios ocuparam uma província de Kalbajar, que era quase exclusivamente povoada por azerbaijanos étnicos, forçando pelo menos 60.000 azerbaijanos a fugir.
Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que o Azerbaijão e a Armênia chegaram a um acordo prévio um cessar-fogo na região de Nagorno-Karabakh.
O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, tratou o de acordo com uma vitória para seu país, observando que o acordo prevê que o Azerbaijão recupere o controle sobre três províncias ocupadas por Armênia, a saber, Kalbajar, Agdam e Lachin.
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O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, descreveu o acordo como “indescritivelmente doloroso para mim pessoal e para nosso povo”.
O acordo de cessar-fogo e a assinatura do acordo de paz ocorreram depois que o Azerbaijão capturou a cidade-chave estratégica de Shusha, com vista para a capital da região, Stepanakert ou Khankendi. Seguiu-se a seis semanas de novos combates entre as frames armênias e azeris, desde os confrontos na fronteira ocorridos no final de setembro.