Representantes mulheres presentes no Fórum de Diálogo Político da Líbia, realizado na Tunísia, no último domingo (15), reivindicaram ao menos 30% de participação nas posições de liderança estabelecidas futuramente conforme um novo pacto nacional.
Em nota, dezesseis mandatárias apresentaram oito recomendações básicas, ao destacar o índice mínimo de 30% para a representação efetiva de mulheres em cargos de liderança, ao assegurar competência, expertise técnica, qualificação acadêmica e integridade.
O comunicado reiterou ainda a importância de “garantir o respeito aos direitos das mulheres pertencentes aos diferentes componentes culturais da sociedade líbia, além de sua participação e envolvimento ativo na vida política, de modo a asseverar a dedicação de todos os esforços das mulheres líbias e beneficiar-se de suas capacidades”.
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Prosseguiu: “Ao indicar dois vice-premiês, é essencial selecionar uma mulher a uma das posições, a fim de consolidar e efetivar o princípio da participação feminina nos processos de tomada de decisões e nas construção do estado”.
“[É preciso] tomar as medidas necessárias para abordar e eliminar a discriminação contra mulheres, em particular, no que se refere a sobreviventes de violência de gênero”, acrescentou o comunicado.
Por fim, as representantes fizeram um apelo por “proteção especial às mulheres, mais notavelmente ativistas e agentes políticas e de direitos humanos, ao desenvolver e instituir uma legislação nacional para combater e eliminar todas as formas de violência de gênero”.
As negociações do Fórum de Diálogo Político da Líbia tiveram início em Túnis, capital da Tunísia, na última semana e devem encerrar-se no próximo domingo (22).