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Grupos israelenses exigem que Emirados reconheça o direito judaico sobre Al-Aqsa

Bandeira israelense em frente ao Domo da Rocha, perto da Mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, 24 de agosto de 2020 [Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images]
Bandeira israelense em frente ao Domo da Rocha, perto da Mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, 24 de agosto de 2020 [Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images]

Uma organização judaica de Israel enviou uma carta a Mohammad Bin Zayed, príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, para exortá-lo a reconhecer o direito dos judeus de realizar orações na Mesquita de Al-Aqsa, reportou ontem (18) a rede Quds Press.

A carta, divulgada pelo site de notícias em hebraico Makor Rishon, é assinada por uma série de grupos judaicos, incluindo o Fórum do Oriente Médio-Israel.

“Talvez seja hora de exercer a fé de ambos os lados, ao permitir que judeus e muçulmanos orem no Monte do Templo [Al-Aqsa] em harmonia e consentimento, sem perturbar seus respectivos direitos e liberdades”, alegou a carta.

Prosseguiu: “Sugerimos ao senhor que se junte aos líderes israelenses para visitar o local e orar pelo êxito da paz, prosperidade e estabilidade na região para todos”.

A carta sugeriu uma visita conjunta com o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu e com o Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas, ao descrever tal iniciativa como “histórica”, de modo a “romper o paradigma e levar a uma nova era de paz e igualdade.”

LEIA: Autoridade Palestina condena Emirados por visita a Al-Aqsa com escolta israelense

Os signatários reiteraram “apreciar absolutamente a importância da declaração emiradense de que os judeus possuem raízes profundas e pertencem à região. Trata-se de uma declaração bastante significativa, apoio essencial à santidade do Monte do Templo a ambos os lados”.

Neve Daromi, diretora-executiva do Fórum do Oriente Médio-Israel, declarou: “Acordos de paz são uma oportunidade para romper velhos paradigmas estabelecidos por fraqueza.”

Acrescentou: “Assim como reconhecemos, em Israel, o direito dos muçulmanos de rezar em seus locais sagrados, esperamos o reconhecimento islâmico dos direitos dos judeus de exercer sua filiação religiosa no Monte do Templo”.

Os grupos israelenses relataram não ter obtido resposta.

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