Uma organização judaica de Israel enviou uma carta a Mohammad Bin Zayed, príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, para exortá-lo a reconhecer o direito dos judeus de realizar orações na Mesquita de Al-Aqsa, reportou ontem (18) a rede Quds Press.
A carta, divulgada pelo site de notícias em hebraico Makor Rishon, é assinada por uma série de grupos judaicos, incluindo o Fórum do Oriente Médio-Israel.
“Talvez seja hora de exercer a fé de ambos os lados, ao permitir que judeus e muçulmanos orem no Monte do Templo [Al-Aqsa] em harmonia e consentimento, sem perturbar seus respectivos direitos e liberdades”, alegou a carta.
Prosseguiu: “Sugerimos ao senhor que se junte aos líderes israelenses para visitar o local e orar pelo êxito da paz, prosperidade e estabilidade na região para todos”.
A carta sugeriu uma visita conjunta com o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu e com o Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas, ao descrever tal iniciativa como “histórica”, de modo a “romper o paradigma e levar a uma nova era de paz e igualdade.”
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Os signatários reiteraram “apreciar absolutamente a importância da declaração emiradense de que os judeus possuem raízes profundas e pertencem à região. Trata-se de uma declaração bastante significativa, apoio essencial à santidade do Monte do Templo a ambos os lados”.
Neve Daromi, diretora-executiva do Fórum do Oriente Médio-Israel, declarou: “Acordos de paz são uma oportunidade para romper velhos paradigmas estabelecidos por fraqueza.”
Acrescentou: “Assim como reconhecemos, em Israel, o direito dos muçulmanos de rezar em seus locais sagrados, esperamos o reconhecimento islâmico dos direitos dos judeus de exercer sua filiação religiosa no Monte do Templo”.
Os grupos israelenses relataram não ter obtido resposta.