O movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) condenou as declarações do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que chamou o movimento de “antissemita”.
“O governo estadunidense, sob liderança de Donald Trump, está tentando desacreditar o movimento”, anunciou o movimento BDS em um comunicado à imprensa.
A declaração acrescenta que o movimento BDS rejeita veementemente todas as formas de racismo, incluindo o preconceito contra os judeus.
“A fanática aliança Trump-Netanyahu está intencionalmente confundindo a oposição ao regime de ocupação, colonização e apartheid de Israel contra os palestinos e também o apelo à pressão não violenta para acabar com esse regime de um lado, com o racismo antissemita do outro, de modo a suprimir a defesa dos direitos palestinos sob a lei internacional”.
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Pompeo anunciou a decisão do Departamento de Estado dos EUA de classificar o movimento BDS como uma organização antissemita em uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na última quinta-feira (19).
O movimento BDS, que atua em escala internacional, busca “alcançar liberdade, justiça e igualdade, e trabalha para proteger os direitos inalienáveis do povo palestino”.
O movimento foi capaz de alcançar vários marcos internacionais, o que incomodou Israel, chegando a proibir os membros do BDS de entrarem em seu território.