Barack Obama, ex-presidente dos EUA, admitiu que o governo estadunidense falhou em lidar com a “tragédia síria” durante a sua presidência.
Em entrevista ao canal alemão NTV, na última quarta-feira (18), Obama disse: “No campo da política externa, a tragédia na Síria continua a me causar uma dor real. Durante os acontecimentos em 2011 nos países árabes, o Egito esteve no topo das minhas preocupações, e depois a Líbia, e depois disso a crise na Síria começou a piorar”.
“Não fui capaz de atrair e convencer a comunidade internacional a não permitir o colapso da Síria. Até agora, não consegui parar de pensar nas tragédias humanas que aconteceram depois disso”, acrescentou.
Obama reconheceu que estava enfrentando severas críticas nos Estados Unidos e no exterior após sua recusa em enviar forças terrestres para a Síria, observando que “muitas pessoas veem essa posição como negativa”.
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O ex-presidente culpou o Partido Democrata pelo fracasso em aumentar sua popularidade, indicando: “Mesmo após minha reeleição, não conseguimos obter a maioria no Senado. Fui mais restrito do que gostaria quando promovi algumas leis”.
Estima-se que a Síria, sob o regime de Bashar Al-Assad, seja responsável pela morte de mais de meio milhão de pessoas durante o segundo mandato de Obama, que terminou em 2016. Além disso, o regime impôs um cerco a centenas de milhares de pessoas em muitas partes da Síria, causando o deslocamento de milhões no país e ao exterior.