Neste domingo (22), o Irã prometeu derrotar qualquer tentativa israelense de prejudicar seu papel na Síria, ao alegar que a era de agressões israelenses do tipo “bater e correr” acabou, apenas alguns dias após Israel executar ataques aéreos contra alvos militares sírios e paramilitares iranianos.
As informações são da agência Reuters.
Israel considera Teerã sua maior ameaça de segurança e ataca reiteradamente alvos iranianos e de milícias aliadas na Síria, onde a república islâmica efetivamente apoia o Presidente Bashar al-Assad contra forças rebeldes, desde 2012.
Na quarta-feira (18), um porta-voz do exército israelense anunciou que oito alvos foram atacados, incluindo um quartel-general iraniano no aeroporto internacional de Damasco e um “sítio militar secreto” que servia de “hospedagem a delegações iranianas de alto escalão, quando visitavam a Síria para operar no país”.
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Em coletiva de imprensa realizada semanalmente, Saeed Khateebzadeh, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, afirmou: “O regime sionista [Israel] está ciente que a era de bater e correr acabou e, portanto, está em alerta”.
O Irã nega ter qualquer presença militar na Síria, salvo comandos enviados ao país como conselheiros militares. Teerã reitera que manterá este papel “consultivo” à Assad pelo tempo que for necessário.
“A presença do Irã na Síria é consultiva e naturalmente, caso alguém a prejudique, nossa resposta será esmagadora”, prosseguiu Khateebzadeh.
O Observatório Sírio para Direitos Humanos, organização que monitora a guerra civil na Síria, reportou que ao menos dez pessoas, incluindo cinco membros das forças al-Quds, ramo de elite da Guarda Revolucionária do Irã, responsável por operações no exterior, foram mortos durante o ataque.
“Não confirmo o martírio de forças iranianas na Síria”, contestou Khateebzadeh.