O chefe da Coalizão de Oposição Síria (SOC), Nasr Al-Hariri, participou ontem de uma coletiva de imprensa online, em que manifestou sua recusa em aceitar as Unidades de Proteção do Povo (YPG) como parte legítima no futuro da Síria, e acusou o grupo de terrorismo e de recrutar combatentes estrangeiros.
Ele afirmou que vários países o pressionaram para permitir que o YPG participe das negociações para a elaboração de uma nova constituição síria, que será realizada na segunda-feira sob o Comitê Constitucional supervisionado pela ONU com delegações que representam o regime de Assad e grupos da sociedade civil.
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Ao longo do conflito síria em curso, o YPG e as Forças Democráticas Sírias lideradas pelos curdos (SDF) lutaram contra o Daesh, grupos de oposição, forças turcas e, às vezes, contra o regime sírio. As unidades curdas estão baseadas no nordeste do país, na província de Hasakah, a leste do rio Eufrates.
Os grupos da coalizão apoiados pela Turquia acusaram o YPG e o SDF de estarem vinculados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que considerado terrorista por países como a própria Turquia e os Estados Unidos, entre outros.
As negociações constitucionais que ocorrerão na segunda-feira são a quarta rodada dessas negociações, após as rodadas anteriores, que não tiveram sucesso.