Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Corte no Egito adiciona 26 pessoas a ‘lista de terroristas’

Tribunal no Cairo, Egito, 8 de setembro de 2018 [Mohamed el-Shahed/AFP/Getty Images]
Tribunal no Cairo, Egito, 8 de setembro de 2018 [Mohamed el-Shahed/AFP/Getty Images]

Uma corte no Egito colocou 26 pessoas sob sanções de uma lista de monitoramento de atividades terroristas, ao acusá-las de filiação à Irmandade Muçulmana.

Pouco depois do golpe de estado que levou o general Abdel Fattah el-Sisi ao poder, em 2013, a Irmandade Muçulmana foi banida no país e seus membros tornaram-se alvos frequentes de duras campanhas repressivas conduzidas pelas autoridades.

O regime de Sisi não persegue apenas membros do grupo, mas qualquer opositor ao governo, sob acusações arbitrárias de pertencer à organização classificada como “terrorista”. Cristãos coptas, críticos veementes e membros de outros partidos políticos também são alvos.

O juiz Hassan Farid emitiu a decisão na última semana, que inclui ainda proibição de viagem e congelamento de bens dos indivíduos em questão, por três anos.

O ativista Alaa Abdel Fattah, ícone da revolução de 2011, foi colocado na lista.

LEIA: Defensor dos direitos humanos egípcio é mantido em confinamento solitário

Abdel Fattah foi preso em 29 de setembro de 2019, durante protestos contra a corrupção sistemática do governo. Então, foi transferido à infame Prisão de Tora (Escorpião), onde foi vendado, despido e espancado.

Seu advogado, Mohammed Baqir, preso na mesma ocasião, também foi integrado à lista.

Outro cidadão classificado agora como potencial “terrorista” é o político egípcio Abdel Moneim Aboul Fetouh, preso em 2018, sob acusações de espalhar notícias falsas e filiação a um grupo clandestino. Fetouh sofreu dois infartos que quase o mataram, dentro da prisão.

Fetouh foi membro da Irmandade Muçulmana, mas deixou o grupo em 2011 e então fundou o Partido Egito Forte, pelo qual concorreu contra Mohamed Morsi e Ahmed Shafiq nas eleições presidenciais de 2012.

Morsi tomou posse como primeiro presidente eleito democraticamente na história do Egito, mas foi deposto por golpe militar, em 2013.

Também estão na lista Mohammed El-Kassas, vice-presidente do Partido Egito Forte, e El-Hassan El-Shater, filho de Khairat El-Shater, ex-líder da Irmandade Muçulmana.

Categorias
ÁfricaEgitoNotícia
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments