Os Estados Unidos estão exercendo esforços para prejudicar a formação de um novo governo no Líbano, afirmou um assessor próximo ao presidente libanês Michel Aoun, segundo informações da agência Anadolu.
O assessor, em condição de anonimato, relatou que um governo libanês não será composto em breve. “Possivelmente, há pressões americanas nos bastidores para sabotar a formação do governo”, declarou a fonte.
Mohammad Al-Hajjar, parlamentar pelo Partido Futuro, comentou: “Há lados que não querem que a iniciativa francesa converta-se em realidade … A proposta da França para compor um governo tecnocrata ainda está sobre a mesa e devemos acelerar sua implementação.”
Al-Hajjar não identificou, porém, a quais lados se referiu.
Em 6 de novembro, Washington impôs sanções contra o ex-Ministro de Relações Exteriores do Líbano Gebran Bassil, genro de Aoun, ao acusá-lo de corrupção e ligação com o grupo xiita Hezbollah, o Irã e o regime sírio de Bashar al-Assad.
Em setembro, o governo dos Estados Unidos sancionou ainda outros dois ex-ministros, Ali Hassan Khalil e Yousef Fenianos, sob alegações de corrupção e apoio ao Hezbollah.
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O Presidente da França Emmanuel Macron encontrou-se em agosto com líderes dos principais partidos libaneses, para lançar uma iniciativa política e emitir diretrizes que incluem a formação de um novo governo e reformas no sistema bancário.
Em 22 de outubro, Aoun indicou Saad Al-Hariri, líder do Partido Futuro e ex-primeiro-ministro, para compor o novo governo, após a renúncia de Mustapha Adib, em 26 de setembro.