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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Oficiais israelenses reuniram-se com líderes árabes disfarçados de mulher

Danny Yatom, ex-diretor da agência de espionagem israelense Mossad, no Cairo, Egito, 19 de maio de 2011 [Khaled Desouki/AFP/Getty Images]
Danny Yatom, ex-diretor da agência de espionagem israelense Mossad, no Cairo, Egito, 19 de maio de 2011 [Khaled Desouki/AFP/Getty Images]

Danny Yatom, ex-chefe da agência de espionagem israelense Mossad, revelou que ex-primeiros-ministros de Israel encontravam-se regular e secretamente com líderes árabes, algumas vezes disfarçados com roupas de mulher, reportou ontem (24) a rede Arabi21.

Yatom concedeu exemplos de tais reuniões secretas a uma rádio local israelense.

Os líderes sionistas encontraram-se com diversos oficiais árabes incluindo o ex-Ministro de Relações Exteriores da Síria Walid Muallem, o falecido Rei da Jordânia Hussein e seu irmão, o príncipe Hassan.

Ao comentar sobre a visita secreta do Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu a Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, Yatom afirmou que tais encontros costumavam acontecer à noite, longe dos olhos do mundo.

Em certa ocasião, o falecido premiê israelense Ishak Rabin despachou Yatom e Ehud Barak, então comandante militar de Israel, a Washington, para reunião com Muallem e Hikmat Shehabi, ex-chefe do Estado Maior do Exército da Síria, sobre potenciais conversas de paz.

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Ambos os oficiais israelenses viajaram travestidos de mulher, com perucas e roupas femininas, durante um voo comercial à capital americana.

Muallem, então embaixador sírio nos Estados Unidos, prometeu durante o encontro, segundo Yatom, que nenhum atentado terrorista voltaria a ser lançado a partir do território sírio após a assinatura do acordo de paz.

Yatom elogiou a recente conversa entre Netanyahu e Bin Salman, ao afirmar que a Arábia Saudita – que não possui laços oficiais com Israel, mas lidera o campo sunita e é o maior país da península – é estrategicamente importante para o estado sionista.

Concluiu: “É por isso que estou feliz e grato a todos que contribuíram para tanto”.

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