Após 103 dias em greve de fome, Israel libera Maher Al-Akhra

O prisioneiro palestino Maher Al-Akhras, então em greve de fome, ao receber tratamento médico em 14 de outubro de 2020 [Mostafa Alkharouf/ Agência Anadolu]

O prisioneiro palestino Maher Al-Akhras, que passou 103 dias em greve de fome em protesto contra sua detenção administrativa, foi libertado nesta quinta-feira (26) pelas autoridades israelenses.

Al-Akhras, 49 anos, da cidade de Jenin, na Cisjordânia, iniciou a greve de fome depois de ser detido sob uma política israelense que permite às autoridades manter detidos por períodos renováveis ​​de seis meses sem acusação ou julgamento, algo comparável às prisões realizadas sob o AI-5 durante a ditadura militar no Brasil.

Ele encerrou sua greve de fome em 6 de novembro após 103 dias, em resposta às autoridades israelenses concordarem em libertá-lo em 26 de novembro, segundo informação da Sociedade de Prisioneiros Palestinos.

“As autoridades de ocupação libertaram Maher al-Akhras e estão em curso preparativos para transferi-lo do Hospital [Kaplan] Israelita para o Hospital [Nacional Najah] em Nablus, no norte da Cisjordânia”, disse Qadri Abu Bakr, da Autoridade de Assuntos dos Prisioneiros da Organização para a Libertação da Palestina,à Agência Anadolu.

LEIA: Mais de 400 crianças foram detidas por Israel desde o início de 2020

Ainda existem cerca de 5.000 palestinos detidos em prisões israelenses, 350 deles sob prisão administrativa.

Autoridades israelenses afirmam que a detenção sem julgamento às vezes é necessária para proteger as identidades de agentes secretos, no entanto, grupos de direitos humanos disseram que é usada para manter até ativistas pacíficos contra a ocupação.

Infográfico da Visibilizing Palestina mostra diversas situações de abuso contra pessoas detidas e afirma que as Prisões administrativas têm dia para iniciar mas não para terminar.

Sair da versão mobile