Para marcar o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, um grupo de instituições lançou na sexta-feira (27) uma semana de atividades, com início em um encontro online que reuniu cinco ativistas em apoio e defesa da causa palestina no Brasil.
O evento de uma hora de duração foi transmitido pela plataforma Zoom e nas redes sociais.
A fala de abertura foi da jornalista Rita Freire, que elogiou os esforços dos participantes em defesa da causa palestina e destacou a importância do livre ativismo internacional, ao reunir grupos de todo o mundo em apoio à luta palestina.
Todos os participantes destacaram em suas falas a necessidade de justiça e resistência, para preservar os direitos do povo palestino, diante dos planos opressivos impostos sobre a população ocupada, em particular, a recente conspiração representada pela onda de normalização entre governantes árabes e Israel, indiferente ao amplo apoio de seus respectivos povos à causa palestina.
Abdulbasset Jarour, ativista e refugiado no Brasil, destacou: “Para muitos, a palavra refúgio significa fugir do perigo e conceder proteção a uma pessoa. Para nós, é muito mais profundo e doloroso. A palavra refúgio significa recordar uma série de sonhos perdidos por uma avalanche de dores”. Portanto, é fundamental compreender o que sentem os refugiados palestinos em seu exílio e sua vontade de retornar às suas terras.
“Não queremos mais ouvir a retórica da paz, que significa apenas a paz dos cemitérios, sobretudo na voz das pessoas que apoiam o apartheid contra o povo palestino. O BDS [Boicote, Desinvestimento e Sanções] não luta por este tipo de paz, mas sim por justiça”, reiterou a jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh.
“Por que a ONU não envia seus capacetes azuis para controlar as fronteiras de um estado que ela mesmo criou? Quando se refere à Palestina, há silêncio e inação. Caso as Nações Unidas não sejam pressionadas, não haverá qualquer ação para que seja aplicada a lei internacional”, declarou Muhammad al-Qadri, ex-parlamentar por São Paulo.
Em sua intervenção, no final do encontro, o diretor-executivo do Fórum Latino Palestino Ahmad madi referiu-se ao grande sofrimento do povo brasileiro ao longo da história, como forma de identificação com o povo palestino.
“O povo brasileiro canta em seu hino da independência ‘Ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil’. E quem ousaria negar este mesmo direito aos palestinos?”, destacou Madi.
As atividades da Semana de Solidariedade ao Povo Palestino na América Latina continua até a próxima quarta-feira, 2 de dezembro, com atividades diárias acessadas aqui.
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