O jornal britânico Daily Telegraph noticiou que o ex-oficial da inteligência síria, brigadeiro general Khaled Al-Halabi, havia escapado com sucesso e com ajuda da agência de inteligência israelense Mossad para a Áustria, onde recebeu asilo, que havia sido recusado na França.
Al-Halabi, que serviu como chefe da inteligência síria na cidade de Raqqa, de 2009 a 2013, escapou do país pela primeira vez com a ajuda da agência de inteligência francesa DGSE, em 2014. No entanto, no ano seguinte, a França negou asilo devido a preocupações com seu envolvimento em crimes de guerra.
Ele foi então transportado para a Áustria por agentes de inteligência israelenses, onde recebeu asilo em 2015 e um apartamento de quatro quartos na capital Viena.
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Uma fonte judicial ouvida pelo jornal disse: “Como ele estava realmente irritado por não obter asilo na França, ele parece ter feito contato com o Mossad, que entrou em contato com o BVT [agência de inteligência doméstica] da Áustria”.
Durante seu tempo como chefe da inteligência de Raqqa, Al-Halabi teria presidido a tortura, assassinato e agressão sexual de prisioneiros, o que continua como prática em toda a vasta rede de prisões controlada pelo regime sírio do presidente Bashar Al-Assad. Suas ações se somam ao longo histórico de crimes de guerra cometidos pelos serviços de inteligência e segurança do regime, que aumentaram após a eclosão da revolução síria e da guerra civil.
A permissão dada há cinco anos ao ex-chefe da inteligência para que começasse uma nova vida causou indignação de muitos na Áustria assim que o caso foi revelado na imprensa, com vários membros do parlamento austríaco descrevendo Al-Halabi como criminoso de guerra.
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