O Parlamento do Irã aprovou ontem (29) uma nova lei que requer ao governo que aumente sua cota anual de enriquecimento de urânio em 20% e suspenda as inspeções internacionais sobre as instalações nucleares do país.
O voto favorável ocorre logo após o assassinato de Mohsen Fakhrizadeh, cientista considerado liderança do programa nuclear iraniano, na sexta-feira (27).
Conhecida como Ato Estratégico para Revogação de Sanções, a nova lei força a Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI) a produzir e armazenar ao menos 120 kg de urânio enriquecido com 20% de pureza, na usina de Fordow, anualmente.
Determina ainda que tais reservas preencham as demandas industriais iranianas com urânio enriquecido acima de 20%.
A lei ainda tem de ser aprovada pelo Conselho Guardião do Irã, espécie de supremo tribunal constitucional.
Nenhum grupo ou agente estrangeiro assumiu a responsabilidade pelo assassinato de Fakhrizadeh até então.
Contudo, segundo o jornal The New York Times, oficiais de inteligência dos Estados Unidos relataram que Israel “é responsável pelo ataque contra o cientista”, ao observar que Fakhrizadeh era alvo do Mossad, serviço secreto israelense, há anos.
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