Ao menos onze crianças, incluindo um bebê de apenas um mês de idade, foram mortas no Iêmen, em dois ataques distintos executados nos últimos três dias, reportou ontem (1°) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
O governo iemenita do presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, exilado na Arábia Saudita e reconhecido internacionalmente, culpou os rebeldes houthis pelos atentados.
“O assassinato de crianças é chocante. As crianças devem ser protegidas a todo o momento”, declarou Philippe Duamelle, representante da agência da ONU no Iêmen, ao sugerir que o número de crianças mortas pode ser maior.
Um porta-voz do grupo houthi não respondeu imediatamente a pedidos para comentar os recentes acontecimentos no país.
Em novembro, fontes militares alegaram que cinco crianças iemenitas foram feridas durante um bombardeio executado pelo movimento houthi, ligado ao Irã, contra um bairro residencial da cidade de Taiz, no sudoeste do Iêmen.
Segundo a organização internacional Save the Children, mais de 600 civis foram mortos ou feridos em ataques conduzidos na cidade portuária estratégica de Hudaydah, apenas nos dez primeiros meses de 2020.
O Iêmen vive a pior crise humanitária do mundo, segundo as Nações Unidas. A guerra já dura cinco anos, agravada pela intervenção militar liderada pela Arábia Saudita, e deixou ao menos 12.3 milhões de crianças em necessidade urgente de ajuda humanitária.
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