A Igreja Ortodoxa da Sérvia pagou um alto preço por seu desrespeito às medidas preventivas contra o coronavírus, o que levou à morte do chefe da igreja, o Patriarca Irinej.
Na semana passada, o patriarca morreu em consequência do vírus após a igreja continuar permitindo a realização de funerais acompanhados por milhares de pessoas.
Em 30 de outubro, o chefe da Igreja Ortodoxa em Montenegro, Dom Amfilohije, morreu também em decorrência do coronavírus, o que gerou polêmica sobre a falta de adesão ao distanciamento social e outras medidas preventivas à covid-19 por parte da igreja.
O funeral de uma das figuras religiosas mais proeminentes dos sérvios em Montenegro contou com a presença do presidente do país, Aleksander Vucic e do Patricarca Irinej.
No início de novembro, o Patriarca Irinej foi transferido para o hospital, onde faleceu aos 19 de novembro após uma grave piora de sua condição. Nenhuma medida de prevenção à covid-19 foi tomada durante o funeral do líder religioso.
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Também foi anunciado que o bispo David, encarregado do funeral de Irinej, testou positivo para o coronavírus e foi levado ao hospital.
O bispo Artemy, uma das figuras mais proeminentes da Igreja Ortodoxa da Sérvia, o bispo Milutin e o sumo sacerdote Josephov também morreram vítimas do vírus.
As mortes levaram a uma crise dentro da igreja, pois agora os membros seniores precisam ser eleitos.
A Sérvia relatou mais de 163 mil casos de coronavírus e quase 1.500 mortes, de acordo com o Worldometer.