Bahrein e Israel estão “na mesma frente” contra a ameaça iraniana e “pela humanidade e os valores humanitários, disse o ministro do Comércio e Turismo, Zayed Bin Rashid Al-Zayani, à mídia israelense durante uma visita oficial ao estado de ocupação.
O político chefia uma delegação comercial de alto escalão do Bahrein em visita a Israel, quase três meses depois de um acordo de normalização ter sido assinado entre os dois países.
Em entrevista à TV israelense, Al-Zayani disse que Manama está se coordenando com nações amigas, inclusive no nível de segurança, em face da ameaça iraniana.
Durante a visita da delegação do Bahrein, os dois países assinaram um memorando de entendimento para cooperação no setor de turismo.
Um jornalista israelense escreveu ontem no Twitter que Al-Zayani disse que seu país “NÃO distinguirá entre os produtos israelenses feitos dentro das linhas de 1967 e os de assentamentos”, em uma referência aos itens feitos em postos avançados ilegais na Cisjordânia ocupada.
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“Vamos reconhecê-los como produtos israelenses … Não vejo, francamente, uma distinção de qual parte ou de qual cidade ou de qual região foi fabricado ou proveniente”, twittou Ahren, citando o ministro do Bahrein.
Isso apesar da resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em dezembro de 2016, condenou Israel por políticas de assentamento ilegal nos territórios ocupados e as considerou ilegais segundo o direito internacional.
O Bahrein e os Emirados Árabes Unidos assinaram um acordo mediado pelos EUA para normalizar as relações com Israel em setembro, abrindo a porta para vários outros países seguirem o exemplo. Isso ocorre após um hiato de décadas de relações árabes abertamente normalizadas com o estado de ocupação. Desde que o Estado de Israel foi fundado nas terras da Palestina histórica em 1948, ele foi boicotado pelo mundo árabe em um esforço para alcançar os direitos palestinos.