Os Emirados Árabes Unidos foram alvos de ataques cibernéticos após normalizar oficialmente laços com Israel, reportou neste domingo (6) o chefe de cibersegurança do estado do Golfo, segundo informações da agência Reuters.
Em agosto, os Emirados romperam com décadas da política estabelecida entre os países árabes, ao concordar em formalizar laços com o estado sionista, medida repudiada por palestinos e muçulmanos.
Bahrein e Sudão seguiram a deixa emiradense, conforme lobby do atual governo dos Estados Unidos de Donald Trump. O país norte-africano, no entanto, ainda não assinou oficialmente um acordo de normalização.
Durante entrevista presencial em uma conferência realizada em Dubai, declarou Mohamed Hamad al-Kuwaiti:
Nossa relação, por exemplo, com a normalização com Israel de fato abriu espaço a grandes ataques executados por alguns militantes contra os Emirados Árabes Unidos.
Kuwaiti afirmou que o setor financeiro foi atacado, mas não concedeu detalhes. Tampouco disse se algum atentado foi bem-sucedido ou comentou sobre eventuais suspeitos.
O chefe de segurança digital dos Emirados ainda relatou ao público presente na conferência que o número de ataques cibernéticos contra o país aumentou durante o período da pandemia de coronavírus.
Segundo Kuwaiti, boa parte dos ataques conduzidos na região tradicionalmente provêm do Irã, novamente sem elaborar a questão.
Por outro lado, Teerã também alegou ser vítima de atentados conduzidos por hackers, ao culpar a inteligência israelense por uma série de incidentes, nos últimos meses.
LEIA: Um empresário de Israel no negócio do avião espião dos Emirados