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Irmandade Muçulmana não descarta mudanças no Egito, com Biden nos EUA

Presidente eleito dos EUA, Joe Biden em Delaware, EUA em 19 de novembro de 2020 [Jim Watson/ AFP / Getty Images]
Presidente eleito dos EUA, Joe Biden em Delaware, EUA em 19 de novembro de 2020 [Jim Watson/ AFP / Getty Images]

O vice-líder supremo da Irmandade Muçulmana, Ibrahim Munir, disse no sábado que não descarta mudanças no Egito e na região quando o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, se mudar para a Casa Branca.

Em declarações à Al Jazeera Mubasher, Munir disse que os problemas econômicos e a covid-19 “podem pressionar por uma mudança”, mas isso precisa de “calma e rearranjo”, acrescentando que a questão dos direitos humanos no Egito pode ser um terceiro fator para a mudança potencial.

Ele não espera que Biden coloque pressão “imediata” sobre o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi para libertar prisioneiros porque o presidente eleito “precisa de tempo para se preparar” para tal movimento, explicou Munir, apontando para reuniões realizadas com autoridades americanas.

Munir espera que a política de Biden para o Egito tenha mudado desde a época em que ele serviu como vice-presidente de Barack Obama. “Anos se passaram e o Departamento de Estado e a administração dos Estados Unidos revisaram o que está acontecendo no Egito”, disse Munir.

Embora a visão dos EUA sobre a Irmandade Muçulmana “tenha mudado”, Munir disse: “Não vamos oferecer nada à América, mas vamos apresentar o Islã político ao mundo, que o verá diferente do que foi dito sobre ele.”

Enquanto isso, o líder da Irmandade Muçulmana pediu aos Estados Unidos que “retornem aos valores da democracia e respeitem a vontade das nações”.

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