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Etiópia promoverá retorno de refugiados ao Sudão

8 de dezembro de 2020, às 10h16

Refugiados etíopes, que fugiram dos combates em Tigray, podem ser vistos em um campo de refugiados no Sudão em 24 de novembro de 2020 [Agência Stringer/ Anadolu]

O ministro das Relações Exteriores da Etiópia, Demeke Mekonnen, anunciou no sábado que seu país está trabalhando com o governo sudanês para devolver refugiados e pessoas deslocadas.

A Ethiopian Broadcasting Corporation (EBC) divulgou que o etíope ligou ao ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Jeppe Kofod, quando informou que a operação militar em Tigray chegou ao fim, acrescentando que o governo etíope está a tentar reconstruir e reabilitar a região.

A Etiópia tem testemunhado recentemente batalhas entre a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) e as tropas do governo que obrigaram dezenas de milhares de pessoas a fugir para o Sudão.

Ele acrescentou que o governo federal continua trabalhando com o Governo de Transição de Tigray para perseguir os criminosos da TPLF e levá-los à justiça.

O funcionário etíope sublinhou que o seu país, juntamente com o Sudão, fazendo tudo o que pode para devolver os refugiados e deslocados às suas casas.

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Na quinta-feira, as Nações Unidas anunciaram que 46.400 etíopes, quase metade deles crianças, chegaram ao Sudão desde o início de novembro, quando eclodiram confrontos armados entre o exército federal da Etiópia e as forças da TPLF.

O Sudão é um dos maiores países de acolhimento de refugiados na África, com mais de um milhão de refugiados, a maioria deles do sul do Sudão.

O afluxo de refugiados ocorre em um momento em que o Sudão está passando por uma situação humanitária difícil, como resultado do agravamento da crise econômica, as inundações sem precedentes, a propagação de gafanhotos e o surto de coronavírus.