O Ministro do Interior da Turquia Suleyman Soylu criticou neste sábado (12) unidades da Guarda Costeira da Grécia por casos de maus tratos contra refugiados que tentam atravessar os mares em direção à Europa.
As informações são da agência Anadolu.
Em postagem no Twitter, encaminhada ao Ministro de Migração e Asilo da Grécia Notis Mitarachi, Soylu compartilhou um vídeo da guarda costeira grega forçando dois barcos de refugiados a retornar às águas territoriais turcas.
“Unidades da sua guarda costeira intensificam os níveis de tortura e tratamento desumano, todos os dias”, declarou o ministro turco, ao destacar os registros de agressão física por oficiais gregos, captados no vídeo em questão.
Soylu reiterou ainda que a guarda costeira do país vizinho é responsável pelas “ações desumanas” que buscam empurrar os refugiados de volta às águas territoriais da Turquia.
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Segundo o ministro, a Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex), órgão da União Europeia incumbido de monitorar a crise dos refugiados, é “cúmplice” por tais atos, ao ignorá-los.
Paralelamente, a Guarda Costeira da Turquia anunciou o resgate de 28 refugiados em duas ocasiões distintas, após serem forçados a adentrar em águas territoriais turcas.
Conforme o comunicado, dezessete refugiados, incluindo mulheres e crianças, foram resgatados em 6 de dezembro de um barco salva-vidas que quase naufragou, após ser abandonado por autoridades gregas em águas da Turquia.
Os refugiados relataram ficar presos na ilha de Bulamac – cerca de 15 km ao sudoeste da província de Aydin, na Turquia – por dois dias. Foram então capturados por elementos gregos e rendidos a um navio da Guarda Costeira, que separou os homens das mulheres e crianças.
Segundo a denúncia, os homens foram severamente espancados, mantidos na embarcação, enquanto as mulheres e crianças foram deixadas à deriva nos mares da Turquia, em um precário bote salva-vidas.
A nota menciona ainda um episódio semelhante, no qual onze refugiados, incluindo homens separados de suas famílias, foram resgatados em 8 de dezembro, após elementos gregos os devolverem à força aos mares turcos.
“Foi visto que eles [refugiados] foram gravemente agredidos e alguns possuem cicatrizes em seus corpos. Também soubemos, por suas declarações, que seus celulares, dinheiro e itens de valor foram tomados”, conclui o comunicado turco.
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