A Bolívia planeja reabrir sua embaixada no Irã, segundo comunicado emitido ontem (13) pelo Ministro de Relações Exteriores Rogelio Mayta, que destacou a importância de relações diplomáticas com todos os países.
O governo de extrema-direita de Jeanine Áñes congelou laços com a república islâmica após chegar ao poder, através de um processo contestado que forçou a renúncia e o exílio do ex-presidente Evo Morales.
“Temos de avançar com a união de toda a região e por isso temos de conversar com todas as nações”, declarou Mayta, segundo o jornal local Prensa Latina, ao lamentar as decisões tomadas pelo governo interino.
Mayta acrescentou que a Bolívia deverá reconstruir suas relações com Venezuela, México, Cuba, Argentina e Nicarágua. Além disso, enalteceu a Rússia por seu “excelente nível de diálogo, compreensão e cooperação”.
Em outubro, o Movimento ao Socialismo (MAS), representado por Luis Arce, venceu as eleições presidenciais com ampla maioria dos votos e retornou ao poder, após a deposição de Morales, descrita como golpe por seus apoiadores.
Ao acolher os resultados eleitorais, o Irã reiterou seu apoio ao futuro governo socialista e saudou o “retorno à democracia” no país latino-americano.
Em novembro, o presidente eleito anunciou que sua gestão retomará relações bilaterais com Teerã, em reunião com o novo embaixador iraniano em La Paz, Morteza Tafreshi.
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