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Seria razoável supor que o maior santuário romano jamais construído estaria localizado em Roma. Entretanto, na verdade, é o Oriente Médio que abriga o maior complexo de templos deixados como legado do Império Romano, em todo o mundo.

Edificado no topo de uma colina que vigia o moderno Vale do Beqaa, Baalbek representou um dos locais de peregrinação mais importantes dos tempos antigos, notável destino para milhares de fiéis em procissão que veneravam os deuses Baco, Júpiter e Vênus.

Batizado em homenagem ao deus fenício Baal, a cidade antiga de Baalbek antecede o próprio domínio romano, com registros humanos que remontam a 9.000 a.C..

Após a conquista de Alexandre, o Grande, em 332 a.C., a cidade tornou-se conhecida como Heliópolis (Cidade do Sol) e manteve o nome durante todo o período greco-romano. Roma anexou Baalbek a seu império durante as guerras travadas no Oriente Médio e estabeleceu colônias por toda a região. Então, associou Baal a seu próprio deus solar, Júpiter, a quem construiu o primeiro templo, no ano 1 a.C..

Antigas ruínas fenícias resistem até hoje sob o Templo de Júpiter, o maior e mais imponente edifício religioso da história romano, concluído no ano 60 d.C.. Mais tarde, os romanos construíram o Templo de Baco e o pequeno Templo de Vênus nos arredores do local.

Turistas descansam entre as colunas do Templo de Baco, na acrópole romana em Baalbek, no Vale do Beqaa, Líbano, 23 de julho de 2008 [Hassan Ammar/AFP/Getty Images]

Turistas descansam entre as colunas do Templo de Baco, na acrópole romana em Baalbek, no Vale do Beqaa, Líbano, 23 de julho de 2008 [Hassan Ammar/AFP/Getty Images]

A estrutura colossal, que abriga as mais altas colunas de pedra em todo o mundo, foi edificada ao longo de mais de dois séculos e tornou-se um dos mais célebres santuários do mundo romano.

Com a ascensão do cristianismo no Império Romano, a região foi convertida e então poupada de negligência e destruição. O altar de Júpiter foi demolido por Teodósio I, que utilizou as pedras para construir uma basílica cristã, mas o antigo templo mais uma vez foi adaptado para servir como local de culto à cristandade recente, até a conquista islâmica da região.

Os muçulmanos renomearam a área como Al-Qaala (Fortaleza), após derrotarem as forças bizantinas na Batalha de Yarmouk. Então, ergueram uma mesquita entre os templos romanos, novamente fortificados. Séculos depois, a região caiu sob domínio otomano, após sobreviver a inúmeras campanhas militares, incluindo mongóis e bizantinos.

A maioria das ruínas foi restaurada ao longo do século XX por arqueólogos libaneses e europeus. Em 1984, o complexo de Baalbek foi inserido na lista de Patrimônios Mundiais da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Hoje, Baalbek é considerado um tesouro nacional do Líbano e tornou-se cenário do Festival Internacional de Baalbek, que recebe grandiosas apresentações musicais e artistas de todo o mundo, anualmente.

Uma viagem ao Líbano seria incompleta sem visitar Baalbek, a fim de maravilhar-se com a grandeza e magnífica história deste patrimônio da Antiguidade.

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