![David T. Fischer, embaixador americano no Marrocos, e sua esposa Jennifer posam ao lado de um mapa sancionado pelo Departamento de Estados dos Estados Unidos, reconhecendo a região disputada do Saara Ocidental como território marroquino, em Rabat, capital do Marrocos, 12 de dezembro de 2020 [AFP/Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/12/GettyImages-1230097446-scaled-e1607942996631.jpg?resize=933%2C622&quality=75&strip=all&ssl=1)
Os Estados Unidos anunciaram a adoção de um novo mapa do Marrocos no último sábado (12), que inclui a região disputada do Saara Ocidental, após reconhecer a soberania do reino norte-africano sobre o território.
O embaixador David Fischer conduziu a cerimônia de assinatura do novo mapa, realizada na Embaixada dos Estados Unidos em Rabat.
“O novo mapa do Marrocos foi aprovado após o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciar, na quinta-feira (10), o reconhecimento da soberania do reino sobre a região do Saara”, declarou Fischer.
Antes da decisão de Trump, Washington considerava o Saara Ocidental como território disputado. Contudo, o governo americano reverteu a posição histórica em troca do Marrocos normalizar relações com Israel.
LEIA: Frente Polisario diz que acordo de Trump com Rabat e Tel Aviv é ‘nulo e sem efeito’
Rabat insiste em seus direitos sobre o Saara Ocidental, para o qual propôs um governo autônomo, embora sob sua soberania. A Frente Polisário, entretanto, reivindica a realização de um referendo para decidir o destino da região.
A proposta do povo saaraui, representado pela Frente Polisário, tem apoio da vizinha Argélia, que abriga refugiados da área.
Desde o fim da ocupação espanhola, em 1975, o Saara Ocidental é disputado por Marrocos e Frente Polisário. A disputa escalou em conflito armado que durou até 1991, quando foi assinado um cessar-fogo que declarou a região de Guerguerat como zona desmilitarizada.
No fim de novembro, porém, a Frente Polisário anunciou o fim do acordo de cessar-fogo, após uma operação militar ser lançada pelo Marrocos para abrir a passagem de Guerguerat, fechada por militantes saarauis, em 21 de outubro.