O embaixador do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) rejeitou na sexta-feira a sugestão do diretor da agência de que, para reviver o acordo nuclear iraniano depois que o novo governo dos EUA chegar ao poder, será preciso um novo acordo.
Na quinta-feira, Rafael Grossi, chefe da organização que monitora a conformidade do Irã com o acordo nuclear de 2015, apntou muitas violações cometidas por Teerã. Ele afirmou que a situação não pode voltar ao estado anterior uma vez que o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, tomar posse no mês que vem.
Biden afirmou que os Estados Unidos aderem ao acordo “se o Irã voltar a cumprir estritamente” os termos do acordo.
Depois que o presidente Donald Trump retirou-se do acordo em 2018 e impôs novamente as sanções dos EUA, o Irã respondeu violando várias das restrições do acordo.
“Submeter uma avaliação sobre como implementar as obrigações está completamente além do mandato da agência e deve ser evitado. A agência cumpriu seu papel nas negociações do acordo nuclear”, tuitou Kazem Gharibabadi, embaixador do Irã na AIEA em Viena.
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, arquiteto do acordo nuclear com as seis grandes potências, afirmou repetidamente que as medidas tomadas por Teerã poderiam ser revertidas se os EUA suspendessem as sanções e respeitassem totalmente o acordo.
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