![Soldados israelenses observam um menino palestino erguendo uma bandeira nacional durante protesto contra o plano de Israel de anexar partes da Cisjordânia ocupada, na vila de Haris, a sudoeste de Nablus, em 28 de agosto de 2020. [Jaafar Ashtiyeh/ AFP/ Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/12/GettyImages-1228238461.jpg?resize=933%2C617&quality=75&strip=all&ssl=1)
Os tribunais de ocupação israelenses impuseram multas no valor de 350.000 shekels (US$ 102.000) a menores palestinos durante 2020, disse ontem o diretor do Centro Palestino para Estudos de Prisioneiros, Riyadh Al-Ashqar.
De acordo com a agência de notícias Safa, a maioria dos menores palestinos presos compareceu ao tribunal militar de Ofer e foi condenada a pagar multas altas, disse Al-Ashqar, aumentando os encargos financeiros enfrentados pelas famílias.
Al-Ashqar informa que os tribunais israelenses impõem multas às crianças palestinas por todas as alegadas agressões, incluindo atirar pedras ou serem avistadas perto de um assentamento israelense ou posto de controle militar.
O centro pediu que os grupos de direitos regionais e internacionais ajudem a acabar com a detenção israelense de menores palestinos e a impedir o sistema de “chantagem” de suas famílias, forçando-os a pagar altas multas pela libertação de seus filhos.
Israel é o único país do mundo que processa regularmente crianças em tribunais militares que carecem de direitos e garantias justas fundamentais.
Os maus tratos e tortura sistemáticos de crianças palestinas foram amplamente documentados nos últimos anos, com a Anistia Internacional descobrindo que as forças israelenses “torturaram e maltrataram detidos palestinos, incluindo crianças, especialmente durante a prisão e interrogatório”, com métodos que incluem “espancamento com bastões, tapa, estrangulamento, algemas prolongadas, posições de estresse, privação de sono e ameaças. ”