Estudantes entraram em confronto com a polícia de choque no Líbano, durante protestos contra um grave aumento nas tarifas escolares, conforme decisão das principais universidades do país, reportou a rede The New Arab.
Gás lacrimogêneo foi utilizado para dispersar estudantes que marchavam em direção ao portão principal da Universidade Americana de Beirute (UAB). Os manifestantes reagiram ao atirar garrafas de água e outros objetos contra policiais que obstruíam o caminho.
Em um “dia de fúria” estudantil, manifestantes entoaram palavras de ordem contra o governo e reivindicaram educação acessível. Os estudantes demonstraram sua indignação contra fachadas de bancos e montaram barricadas com latas de lixo.
Forças de segurança reprimiram os protestos.
![Estudantes libaneses montam barricada durante protesto contra decisão das principais universidades de adotar o novo câmbio do dólar para calcular as mensalidades, no distrito de Hamra, em Beirute, Líbano, 19 de dezembro de 2020 [Anwar Amro/AFP/Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/12/GettyImages-1230213773-scaled-e1608472474176-500x333.jpg?resize=500%2C333&quality=75&strip=all&ssl=1)
Estudantes libaneses montam barricada durante protesto contra decisão das principais universidades de adotar o novo câmbio do dólar para calcular as mensalidades, no distrito de Hamra, em Beirute, Líbano, 19 de dezembro de 2020 [Anwar Amro/AFP/Getty Images]
As manifestações foram convocadas em resposta a uma decisão da Universidade Americana de Beirute e da Universidade Americana do Líbano para embasar suas tarifas no novo câmbio do dólar, cuja unidade equivale hoje a 3.900 libras libanesas.
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A medida incitou receios de que outras universidades possam também aumentar significativamente suas mensalidades e taxas de matrícula, levando a potencial êxodo estudantil nas instituições privadas.
Universidades públicas estão à margem do colapso, diante da crise generalizada.
A libra libanesa perdeu até 80% de seu valor ao longo do último ano, à medida que o país sofre sua pior crise econômica desde a guerra civil, entre 1975 e 1990.
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