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Árabes em Israel protestam contra negligência policial da ocupação em suas comunidades

Estradas permanecem vazias após forças israelenses fecharem as principais rodovias para o feriado judaico de Yom Kippur, em Jerusalém, 27 de setembro de 2020 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]
Estradas permanecem vazias após forças israelenses fecharem as principais rodovias para o feriado judaico de Yom Kippur, em Jerusalém, 27 de setembro de 2020 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Residentes árabes nos territórios mantidos por Israel bloquearam ontem (21) uma rodovia majoritária perto de Jerusalém ocupada, em protesto contra a negligência policial israelense diante da violência em suas comunidades.

Uma carreata partiu da aldeia de Ara, próxima à cidade de Haifa, e prosseguiu em direção ao Knesset (parlamento israelense), em Jerusalém. Árabes de outras cidades e aldeias juntaram-se ao protesto.

Segundo o jornal Yedioth Ahronoth, desde o início de 2020, ao todo 108 árabes foram mortos em suas comunidades, aumento significativo dentre os registros de 75 e 89 óbitos, em 2018 e 2019, respectivamente.

Os residentes palestinos acusam a polícia israelense de não tomar qualquer ação real para combater o crime em suas comunidades.

No sábado (19), dois irmãos de 33 e 41 anos e seu sobrinho de 25 anos foram baleados e mortos no bairro árabe de Jatt, reportou a agência de notícias Wafa.

LEIA: Um balanço de 2020 e a “normalização” com o Apartheid israelense

“Não podemos permanecer em silêncio à medida que continuam a derramar o sangue de nossas comunidades” afirmou o Yousef Jabareen, representante da Lista Conjunta, coligação de parlamentares árabes no Knesset.

A carreata obstruiu o trânsito por cerca de uma hora, na Rodovia 6, além de fechar a junção de Baka-Jatt, antes de prosseguir a Jerusalém.

“Deixe-nos erguer a voz pela vida, contra o crime, a violência das gangues, os traficantes de armas e a cumplicidade da polícia de Israel”, declarou Mohammad Baraka, chefe do Comitê de Acompanhamento Árabe, em sua página do Facebook.

Ayman Odeh, presidente da Lista Conjunta, tuitou: “Não podemos combater o crime organizado com as promessas vazias de Netanyahu [premiê israelense] – ao contrário, temos de nos engajar na luta civil em cada estrada desta terra”.

Prosseguiu: “Forçaremos o governo a dar fim à sua negligência criminosa perante a comunidade árabe … Exigimos viver em uma sociedade sem armas!”

Segundo o jornal Times of Israel, Odeh apresentou um projeto de lei ao Knesset para aumentar drasticamente a pena para posse de armas irregulares.

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