Membros do inquérito sobre um dos casos de corrupção do Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, ligado à compra de submarinos e navios de guerra, renunciaram na terça-feira (22), devido a uma disputa de jurisdição, reportou a imprensa local.
A delegação, incumbida com a tarefa pelo premiê alternativo e Ministro da Defesa Benny Gantz, renunciou em resposta a uma disputa sobre suas atribuições com o Procurador-Geral Avichai Mendelblit, segundo o jornal Haaretz.
O juiz aposentado Amnon Straschnov, chefe da missão, escreveu a Gantz: “A partir do debate em curso sobre os poderes do comitê, entre representantes do procurador-geral e oficiais de defesa, soube que … restrições reais devem ser impostas ao nosso trabalho. Deste modo, temo que a comissão seja deixada com pouquíssimos poderes”.
Os membros do comitê anunciaram a Gantz sua demissão. O premiê alternativo agora planeja encontrar-se com Mendelblit para indicar novos oficiais à missão.
Em carta a Mendelblit, segundo o jornal Times of Israel, Gantz exortou o procurador israelense a concluir imediatamente a investigação e “permitir ao comitê que inicie os trabalhos, pois trata-se de uma questão de importância primordial à segurança, economia e público”.
O episódio dos submarinos Case 300 decorreu em acusações de propina contra Netanyahu, na compra multimilionária de embarcações pelo estado israelense, conforme negociação com a construtora alemã Thyssenrupp.
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