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Comitê que investiga corrupção de Netanyahu renuncia, em Israel

Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu em coletiva de imprensa, após reunião com o Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo, em Jerusalém, 19 de novembro de 2020 [Maya Alleruzzo/AFP/Getty Images]
Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu em coletiva de imprensa, após reunião com o Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo, em Jerusalém, 19 de novembro de 2020 [Maya Alleruzzo/AFP/Getty Images]

Membros do inquérito sobre um dos casos de corrupção do Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, ligado à compra de submarinos e navios de guerra, renunciaram na terça-feira (22), devido a uma disputa de jurisdição, reportou a imprensa local.

A delegação, incumbida com a tarefa pelo premiê alternativo e Ministro da Defesa Benny Gantz, renunciou em resposta a uma disputa sobre suas atribuições com o Procurador-Geral Avichai Mendelblit, segundo o jornal Haaretz.

O juiz aposentado Amnon Straschnov, chefe da missão, escreveu a Gantz: “A partir do debate em curso sobre os poderes do comitê, entre representantes do procurador-geral e oficiais de defesa, soube que … restrições reais devem ser impostas ao nosso trabalho. Deste modo, temo que a comissão seja deixada com pouquíssimos poderes”.

O escândalo de corrupção de Netanyahu - Charge [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

O escândalo de corrupção de Netanyahu – Charge [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

Os membros do comitê anunciaram a Gantz sua demissão. O premiê alternativo agora planeja encontrar-se com Mendelblit para indicar novos oficiais à missão.

Em carta a Mendelblit, segundo o jornal Times of Israel, Gantz exortou o procurador israelense a concluir imediatamente a investigação e “permitir ao comitê que inicie os trabalhos, pois trata-se de uma questão de importância primordial à segurança, economia e público”.

O episódio dos submarinos Case 300 decorreu em acusações de propina contra Netanyahu, na compra multimilionária de embarcações pelo estado israelense, conforme negociação com a construtora alemã Thyssenrupp.

LEIA: Netanyahu é sintoma, não causa da crise política em Israel

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