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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Oficial dos EUA promete bilhões à Indonésia em troca da normalização com Israel

Cidadãos muçulmanos protestam em frente à Embaixada dos Estados Unidos, após o presidente americano Donald Trump reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Jacarta, Indonésia, 8 de dezembro de 2017 [Dasril Roszandi/Agência Anadolu]
Cidadãos muçulmanos protestam em frente à Embaixada dos Estados Unidos, após o presidente americano Donald Trump reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Jacarta, Indonésia, 8 de dezembro de 2017 [Dasril Roszandi/Agência Anadolu]

A Indonésia poderá obter bilhões de dólares em investimentos adicionais, caso concorde em normalizar relações com Israel, declarou Adam Buehler, chefe executivo da Agência para Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID), segundo a rede Bloomberg.

Buehler afirmou que sua agência poderá dobrar os recursos emitidos à Indonésia, estimados em US$1 bilhão, caso Jacarta estabeleça relações diplomáticas com a ocupação israelense.

“Estamos conversando com a Indonésia sobre isso … caso estejam prontos, ficaremos felizes em concedê-los suporte financeiro maior do que oferecido atualmente”, afirmou.

Buehler declarou ainda que não ficaria surpreso se a ajuda concedida por sua agência à Indonésia aumentasse em escala bilionária, caso Jacarta consentisse com a normalização.

Países na região do Norte da África e Oriente Médio normalizam laços com Israel [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Países na região do Norte da África e Oriente Médio normalizam laços com Israel [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Líderes americanos e israelenses alegam esperar que novos países juntem-se à recente onda de normalização, cujo início remete a agosto último, com o anúncio de um “acordo de paz” entre Emirados Árabes Unidos e Israel.

Em seguida, Bahrein, Sudão e Marrocos também normalizaram laços com a ocupação.

Os Estados Unidos esperam que Omã e Arábia Saudita sejam os próximos a assinar pactos similares, embora Buehler confesse que não poderá prometer investimentos a ambos, pois as regras de sua agência impedem o envio de recursos a estados ricos.

LEIA: Saarauís e palestinos enfrentam encruzilhada – com ou sem Trump

Entretanto, em novembro, a Indonésia reafirmou seu apoio resoluto à independência palestina.

Como membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, o país asiático representa um dos principais pontos de embate dentro da entidade sobre a questão palestina. Em apoio, Jacarta isenta uma série de tributos calculados sobre a importação de produtos palestinos.

A Indonésia – país islâmico mais populoso do mundo – não possui relações formais com o estado ocupante de Israel desde sua criação, em terras palestinas, em 1948.

Em troca, Israel assume medidas de dissuasão, por exemplo, ao banir a entrada de turistas indonésios ao estado ocupante, salvo concessões nos últimos anos, a fim de influenciar um iminente processo de normalização.

LEIA: Presidente da Indonésia reitera apoio à independência da Palestina

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