Trump considera anistia ao príncipe saudita, acusado de tentar matar seu ex-chefe de espionagem

Presidente dos Estados Unidos Donald Trump encontra-se com Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, em Washington DC, 14 de março de 2017 [Mark Wilson/Getty Images]

O atual governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, considera atender a um pedido para outorgar imunidade legal a Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato, acusado de tentativa de homicídio contra seu ex-chefe de inteligência.

As informações são do jornal The Washington Post.

“O governo saudita solicitou que o príncipe seja protegido de qualquer responsabilidade diante de uma queixa registrada por Saad Aljabri, ex-líder de contraterrorismo da monarquia e aliado de longa data dos Estados Unidos, que vive exilado no Canadá”, detalhou a reportagem.

Khalid al-Jabri, filho mais velho de Saad e porta-voz da família, afirmou que o apoio de Washington ao pedido saudita concederia luz verde a novos assassinatos.

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“Caso deferido, os Estados Unidos basicamente garantirão a Mohammed Bin Salman imunidade por sua conduta, que obteve êxito em executar Jamal Khashoggi e fracassou na tentativa de matar meu pai”, declarou Khalid.

Prosseguiu: “A falta de justiça é uma coisa, mas permitir impunidade via imunidade é como emitir uma licença para matar”.

O pedido saudita à gestão Trump foi difundido após o Departamento de Estado, a família de al-Jabri e seus advogados americanos condenarem Riad por prender dois filhos do ex-oficial, em tentativa flagrante de silenciá-lo.

No início de dezembro, advogados de Bin Salman e outros acusados requisitaram a um juiz federal americano que descartasse o processo, ao acusar al-Jabri, seus filhos e associados de desviar US$11 bilhões do governo saudita, destinados ao contraterrorismo, entre 2001 e 2015.

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