Um documento confidencial revelou um plano para atingir uma base americana na capital, Bagdá, no primeiro aniversário do assassinato do comandante da Força Quds iraniana, Qasem Soleimani.
A informação é parte de um documento que vazou do Ministério do Interior iraquiano, relatado pela mídia local, incluindo o canal de tevê privado Dijlah, e circulou em plataformas de mídia social na quinta-feira.
Em 3 de janeiro, Soleimani e o chefe das Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF), Abu Mahdi Al-Muhandis, foram mortos em um ataque dos EUA enquanto se dirigiam para Bagdá de carro.
Segundo o documento: “Elementos fora da lei pretendiam atingir a base militar norte-americana de Victoria, próxima ao aeroporto de Bagdá, com mísseis de tecnologia avançada”.
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O documento indicava que “a data do ataque estava marcada para 3 de janeiro”, explicando que: “A área visada é o distrito de Abu Ghraib, a oeste de Bagdá”.
O documento não especifica as partes que pretendem lançar o ataque com mísseis contra a base militar norte-americana.
Não houve comentários das autoridades iraquianas sobre o documento vazado até 12h45 GMT.
No domingo, desconhecidos dispararam oito foguetes contra a Zona Verde de Bagdá, onde está localizada a embaixada dos Estados Unidos. A maioria dos mísseis caiu em prédios residenciais, enquanto outro atingiu um posto de controle de segurança, ferindo gravemente um soldado, de acordo com um comunicado do exército iraquiano.
Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a embaixada de seu país em Bagdá foi atacada no domingo passado com mísseis, três dos quais não explodiram, enquanto alertava o Irã das repercussões da tentativa de matar cidadãos americanos no Iraque.
Washington acusa facções armadas iraquianas ligadas ao Irã de iniciar os ataques à embaixada e às bases militares dos Estados Unidos, onde soldados americanos estão destacados.
Facções xiitas armadas, incluindo as Brigadas do Hezbollah do Iraque afiliadas ao Irã, ameaçaram alvejar as forças americanas destacadas no Iraque, a menos que se retirassem em cumprimento à decisão do Parlamento de encerrar a presença de forças militares estrangeiras no país.
O parlamento iraquiano votou por maioria em janeiro pelo fim da presença militar estrangeira no país após o assassinato de Soleimani e Al-Muhandis em uma operação dos EUA perto do Aeroporto Internacional de Bagdá.