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Netanyahu espera visita do Marrocos a Israel na próxima semana

Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu deixa o Knesset (parlamento israelense), em Jerusalém, 2 de dezembro de 2020 [Alex Kolomiensky/AFP/Getty Images]
Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu deixa o Knesset (parlamento israelense), em Jerusalém, 2 de dezembro de 2020 [Alex Kolomiensky/AFP/Getty Images]

Uma delegação do Marrocos viajará a Israel na próxima semana para avançar com os acordos recentes de normalização, declarou neste sábado (26) o premiê israelense Benjamin Netanyahu, segundo informações da agência Reuters.

Na sexta-feira (25), Netanyahu conversou com o Rei do Marrocos Mohammed VI e propôs uma visita a Israel. Na terça-feira (22), uma delegação israelense viajou a Rabat, à medida que os países planejam reabrir escritórios diplomáticos e retomar voos comerciais diretos.

“Concordamos que a delegação marroquina virá no início da semana, a fim de avançar com tudo” afirmou Netanyahu em vídeo compartilhado na sua página do Twitter, no qual relatou a conversa com o monarca norte-africano.

Netanyahu relata conversa com o Rei do Marrocos Mohammad VI

O governo marroquino não respondeu a comentários. Entretanto, uma fonte diplomática, em condição de anonimato, afirmou que as datas da visita e os membros da delegação não foram ainda determinados oficialmente.

O Marrocos decidiu seguir os passos de Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão, ao normalizar relações com o estado sionista.

Os palestinos repudiam os acordos mediados pelos Estados Unidos, ao denunciá-los como traição diante da demanda histórica para que Israel primeiro reconheça um estado palestino independente nas terras ocupadas.

LEIA: Diálogo para normalização com Israel teve início em 2018, diz Marrocos

Os novos parceiros israelenses, porém, desfrutam de benesses propostas por Washington. No caso de Rabat, o governo americano de Donald Trump aceitou reconhecer a soberania marroquina sobre os territórios disputados do Saara Ocidental.

Oficiais do Marrocos descrevem o pacto com Israel como restauração de laços de média intensidade, suspensos pela monarquia em solidariedade aos palestinos, durante a Segunda Intifada, no ano 2000.

Mohammad VI enfatizou os “laços próximos” da monarquia com a comunidade judaica no Marrocos. Não obstante, reiterou sua posição de apoio à solução de dois estados, perante o conflito israelo-palestino.

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