Uma delegação do Marrocos viajará a Israel na próxima semana para avançar com os acordos recentes de normalização, declarou neste sábado (26) o premiê israelense Benjamin Netanyahu, segundo informações da agência Reuters.
Na sexta-feira (25), Netanyahu conversou com o Rei do Marrocos Mohammed VI e propôs uma visita a Israel. Na terça-feira (22), uma delegação israelense viajou a Rabat, à medida que os países planejam reabrir escritórios diplomáticos e retomar voos comerciais diretos.
“Concordamos que a delegação marroquina virá no início da semana, a fim de avançar com tudo” afirmou Netanyahu em vídeo compartilhado na sua página do Twitter, no qual relatou a conversa com o monarca norte-africano.
אתמול שוחחתי עם מלך מרוקו, מוחמד השישי. כך סיימנו את השיחה >> pic.twitter.com/2XyaZ4VLvG
— Benjamin Netanyahu (@netanyahu) December 26, 2020
Netanyahu relata conversa com o Rei do Marrocos Mohammad VI
O governo marroquino não respondeu a comentários. Entretanto, uma fonte diplomática, em condição de anonimato, afirmou que as datas da visita e os membros da delegação não foram ainda determinados oficialmente.
O Marrocos decidiu seguir os passos de Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão, ao normalizar relações com o estado sionista.
Os palestinos repudiam os acordos mediados pelos Estados Unidos, ao denunciá-los como traição diante da demanda histórica para que Israel primeiro reconheça um estado palestino independente nas terras ocupadas.
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Os novos parceiros israelenses, porém, desfrutam de benesses propostas por Washington. No caso de Rabat, o governo americano de Donald Trump aceitou reconhecer a soberania marroquina sobre os territórios disputados do Saara Ocidental.
Oficiais do Marrocos descrevem o pacto com Israel como restauração de laços de média intensidade, suspensos pela monarquia em solidariedade aos palestinos, durante a Segunda Intifada, no ano 2000.
Mohammad VI enfatizou os “laços próximos” da monarquia com a comunidade judaica no Marrocos. Não obstante, reiterou sua posição de apoio à solução de dois estados, perante o conflito israelo-palestino.