O Egito decidiu expressar maior abertura diante do Governo de União Nacional da Líbia, reconhecido internacionalmente, como parte de seus esforços para reagir à influência turca no país norte-africano, reportou no domingo (27) o jornal Arab Weekly.
Segundo as informações, o comitê de segurança do Egito reuniu-se com oficiais do governo oficial líbio para mediar e debater um eventual cessar-fogo com o chamado Exército Nacional da Líbia (ENL), coalizão paramilitar liderada pelo general renegado Khalifa Haftar.
A delegação egípcia destacou a importância de interromper todas as importações militares da Turquia e desmantelar as milícias armadas em atividade na Líbia. Além disso, expressou seu repúdio à presença contínua de bases militares turcas em solo africano.
Na última semana, fontes locais revelaram que a Turquia continua a fornecer serviços de educação, saúde e assistência humanitária à Líbia, além de apoio militar efetivo, como parte de seus acordos assinados com o governo oficial do país.
A Turquia apoia o processo político promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que levou à criação do Governo de União Nacional, em 2015.
Porém, desde então, Líbia é dividida entre dois governos em conflito: a administração reconhecida internacionalmente, com sede em Trípoli, e um parlamento paralelo mantido pelo Exército Nacional da Líbia, no leste do país.
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