Cerca de 172.000 iemenitas foram deslocados ao longo de 2020, devido ao conflito brutal que assola o país há anos, reportou ontem (29) a Organização Internacional para Migrações (OIM).
“Desde o início de 2020 até 26 de dezembro, 28.659 famílias, isto é, 171.954 iemenitas foram deslocados de suas casas por uma série de fatores, a maioria relacionada ao conflito vigente no país”, declarou a agência da ONU.
A OIM destacou que 82% do deslocamento resultou do conflito e 13% decorreu de desastres naturais, sobretudo nas províncias de Ma’rib, Al Hudaydah, Dhale, Taiz, Al Jawf e Hadramaut. Os outros 5% provêm de condições econômicas e sanitárias causadas pelo coronavírus.
“A unidade oficial do Iêmen para deslocados internos, em Ma’rib, registrou 54.400 pessoas deslocadas durante o período entre 20 de agosto e meados de novembro”, detalhou a agência.
Segundo o relatório, a recente escalada dos rebeldes houthis contra a província de Ma’rib representa a “principal razão” para a nova onda de deslocamentos.
Desde 2014, a guerra civil agravou as taxas de pobreza no Iêmen de 47% a 75% da população, conforme estimativas da ONU, divulgadas no final de 2019.
As Nações Unidas descrevem a situação no Iêmen como a pior crise humanitária do mundo.
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